Revolta dos Malês (1835)
Revolta dos Malês (1835)
Em Salvador, nas primeiras
décadas do século XIX, os negros escravos ou libertos correspondiam a cerca de
metade da população. Pertenciam a vários grupos étnicos, culturais e
religiosos, entre os quais os muçulmanos – genericamente denominados malês -,
que protagonizaram a Revolta dos Malês, em 1835.
O exército rebelde era
formado, em sua maioria, por “negros de ganho”, escravos que vendiam produtos
de porta em porta e, ao fim do dia, dividiam os lucros com os senhores. Podiam
circular mais livremente pela cidade que os escravos das fazendas, o que
facilitava a organização do movimento. Além disso, alguns conseguiam economizar
e comprar a liberdade. Os revoltosos lutavam contra a escravidão e a imposição
da religião católica, em detrimento da religião muçulmana.
A repressão oficial
resultou no fim da Revolta dos Malês, que teve muitos mortos, presos e feridos.
Mais de quinhentos negros libertos foram degredados para a África.
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